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segunda-feira, fevereiro 06, 2006

AFASTAR A MALÍCIA DO CORAÇÃO

Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.
Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. I João 4:7-11





O cuidado com o amor entre os irmãos deve ser maior quando estamos na igreja e em algum trabalho que envolve ministérios.

No mundo, estamos acostumados a ver líderes assumirem seus postos e cercar-se de pessoas que os agrade ou que pensem concordemente com eles. Em toda mudança de governo é comum vermos a famosa dança das cadeiras, em que pessoas são empossadas e outras são desligadas da administração que entrará em vigor.

Embora o mundo faça destas coisas, embora o mundo defenda estas coisas como certas, Deus chama a atenção para o fato de que devemos amar o nosso próximo.

Ainda que meu irmão ou minha irmão não defenda as minhas ídéias. Ainda que meu irmão ou minha irmão se levante contra algumas idéias que são implantadas pela nova administração, ele ou ela deve ser respeitado no seu modo de pensar. Pois o edifício de Deus é constituído de pessoas diferentes. Que podem pensar de modos diferentes, agir de modo diferentes, mas que são unidos por um mesmo propósito: o amor em Cristo.

Então, dito isto, não devemos fazer coisas maliciosas para chamar a atenção uns dos outros. Se estamos na casa de Deus, devemos falar francamente uns com os outros em amor. É válido reunir a todos para apresentar uma idéia, para expor como um ministério funcione.

Não é válido fazer ultimatos. Não é válido conversar pelas costas de irmãos e planejar levar o caso ao pastor de uma congregação caso a pessoa não se ajuste ou continue a reclamar e dizer que algumas coisas não estão funcionando como deveriam. O fato é que este tipo de pessoa nos chama a atenção para duas coisas: não somos perfeitos, nunca conseguiremos agradar a todos e sim, sempre poderemos fazer melhor do que fizemos antes.

O mundo pode defender a idéia de que é sempre bom ter uma equipe que pense conforme o líder pensa. Mas tenho um exemplo em meu trabalho. Talvez não trabalhasse com a equipe que trabalho em meu emprego. Talvez trocasse algumas peças, se tivesse esse poder. Mas vejo minha equipe no trabalho hoje com outros olhos: eles são importantes, são essenciais, responsáveis e cada um de nós faz um excelente trabalho de equipe. Não somos perfeitos, temos falhas, mas não tentamos mais mudar uns aos outros, como alguns de nós desejariam.


A malícia é uma erva perniciosa. É melhor você arrancá-la, antes que ela cresça.

Este fim de semana, tive que debater-me com um caso como este. Tenho duas pessoas. Uma mais antiga em um ministério. E uma pessoa nova a quem foi entregue um cargo de liderança.

A pessoa mais antiga com certeza pode reclamar. Ela está no ministério a mais tempo e tem este direito. A mais nova tem o direito de achar que é difícil trabalhar com quem nunca concorde com suas idéias. Mas ambas foram colocadas juntas no mesmo ministério.

Em vez de mandar alguém embora e em vez de ofender uma à outra, seria mais prático perguntar: O que Deus quer que nós façamos? O que Ele espera de nós como equipe?

No mundo, com toda certeza, um líder mandaria alguém que não gosta embora. E já passei por esta experiência muitas vezes em alguns empregos. Mas na igreja, devemos aprender que Deus é o centro das coisas. Se somos cristãos, Ele comanda seus ministérios, Ele dirige seus trabalhos. Ele dirige nossas vidas.

Então, devemos evitar as coisas do mundo e pensar de maneira espiritual.

A pessoa pode ser nova no ministério. Mas pode ter anos de convertida a Cristo. Se ainda não aprendeu algumas verdades espirituais, não significa que isso não possa ser ensinado a ela. A pessoa mais antiga tem o seu jeito de ser. Esta a mais tempo no ministério. Ela não precisa mudar para satisfazer a outra pessoa, mas deve mudar para satisfazer a Deus, se perceber que isto é o que Deus pede a ela.

A minha preocupação principal neste caso foi não perder o foco espiritual de nosso trabalho no ministério. Afastar alguém por motivos como estes me soa algo malicioso. Os pensamentos de outro amigo a quem expus o caso me fizeram chorar em casa quando terminei meus trabalhos neste domigo.

O que este amigo me disse: Temos uma outra igreja, có-irmã da nossa igreja, que se formou porque pensavam diferente; temos uma irmã do mesmo ministério em outro horário que simplesmente diz a alguém que não se enquadra ao afastá-lo do ministério: "Vá procurar o seu ministério!".

Isto soa ofensivo. Isto parece longe do caráter de humildade e de servidão em Cristo. E não acredito que estas coisas sejam realmente verdade. Tanto que me pus a orar esta noite em casa sobre nossos ministros, nossos ministérios, nossas capelas e igrejas có-irmãs.

Somos sábios aos nossos próprios olhos? Não sabemos que Deus prospera igrejas, faz com que ministérios cresçam, igrejas se desenvolvam, por Sua vontade? Por Seu desejo? Ou será que isto ocorre porque aquelas pessoas tinham uma certa razão? Ou tinham dinheiro?

Este caso deixou-me de alma abalada. Deixou-me triste. Sim, cada um de nós precisa de crescimento espiritual.
Cada um de nós precisa rever como encara o serviço na casa de Deus. Cada igreja có-irmã que recebe o mesmo nome de nossa igreja acaso pensa diferente da igreja matriz? Cada uma não trabalha concordemente para ganhar almas para Cristo? Cada uma não ora, não possui pessoas servindo em ministérios? Não pensa e se guia conforme as palavras da Bíblia Sagrada?

Precisamos realmente fazer uma reunião para chamar a atenção de um irmão ou irmã para que a pessoa se lembre que deve respeitar autoridade? Não podemos conversar francamente uns com os outros?

Nós podemos. Mas não devemos magoá-los. Devemos ter o discernimento espiritual para saber lidar com estes assuntos. Porque a carne no mundo taxa de falsos as pessoas que defendem uma pessoa em detrimento de outra.
Não. Devemos ouvir as duas partes. Tentar explicar o que Deus nos ensina. O que Ele nos pede. O que quer que façamos.

Temos uma equipe abençoada em 2006. E ela é abençoada porque conseguimos realizar em conjunto um trabalho para engrandecer o nome de Cristo.


O mais pode ser aprendido fazendo-se sempre a pergunta: "Senhor, o que o senhor quer que eu faça com este caso? O que posso dizer para resolver este problema?"



A paz de Cristo.

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