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sexta-feira, janeiro 07, 2005

CASAMENTO - O ESPAÇO DE CADA UM

Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas.
O coração do seu marido confia nela, e não lhe haverá falta de lucro.
Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida. Provérbios 31:10-12


O capítulo 31 de Provérbios oferece-nos uma boa idéia desse tipo de relacionamento com cada
cônjuge respeitando o espaço do outro. lÉ a história de uma mulher que se dedica a várias atividades enquanto o marido faz o mesmo. Ela está ocupada com a compra e venda, e ele a elogia para amigos. Cada um exibe sua individualidade, embora estejam profundamente
ligados.


Esse equilíbrio entre a individualidade e a liberdade de cada indivíduo é uma das características mais importantes da completitude. Estar casado é se complementar. Graças a ele os
indivíduos e o casamento podem crescer e se desenvolver. No entanto, muitas pessoas
hesitam em dar liberdade ao outro.


Liberdade é o pré-requisito do amor. Quando somos controlados, não conseguimos amar.
O controle leva à escravidão, não ao amor. A capacidade de cada cônjuge permitir que o outro seja uma pessoa livre e diferente dele é essencial para haver um relacionamento sólido.

Quem não consegue dar liberdade a seu esposo, a seu marido no casamento, vive segundo a
velha filosofia de pará-choquel: “Se você ama uma pessoa liberte-a. Se ela também o amar, voltará. Se não amar, corra atrás e acabe com ela!”


A liberdade cai bem enquanto não nos desagrada de alguma forma. O bom casamento entre pessoas completas é aquele em que elas mantém a individualidade e o espaço, e quando isso serve para fortalecer o relacionamento. Após o período em que ficam separadas, esses casais reúnem-se e compartilham suas experiências. Saborear essas experiências acrescenta-lhes intimidade.


O casamento problemático é aquele em que uma das partes enxerga as horas de separação, a individualidade e o espaço como ameaças. Para essa pessoa, a individualidade significa falta de amor ou descaso. Ela só se sente amada quando está ao lado do outro. Uma esposa pode se sentir insatisfeita com o marido e acusá-lo de "negligente" por ele querer sair para jogar boliche com os amigos uma vez por semana.


Em contrapartida, outra pessoa pode achar que, se o cônjuge tiver um pouco de individualidade, vai encontrar outro alguém e abandoná-la. Individualidade e segurança no amor para essa pessoa não combinam. Não existe um “grau” determinado de individualidade para todos os casais. Esse grau precisa ser encontrado com sabedoria para que nenhum dos dois sofra.

Não existe perfeição. Mas os casais que se orientam fundamentalmente segundo essa liberdade – os que não vêem o individualismo como ameaça – são capazes de resolver esse tipo de
detalhe.


Em um dos casamentos mais bem-sucedidos que já vi, todo começo de ano o casal separa um tempo para planejar o ano. Por se advogado da área de entretenimento, ele viaja muito. Eles decidem com antecedência quantas noites por ano ele vai passar fora de casa. Por exemplo, se decidirem que o limite será cem noites, recusarão compromissos que os obriguem a ultrapassar esse número.


Repare que eu disse “eles recusarão”. Decidem juntos. Admitem que ambos são livres e conversam para ver como vão usar essa liberdade, não se ela existe.


A liberdade é o privilégio mais assustador para o homem. Adão e Eva usaram a liberdade deles de modo destrutivo, pecando contra Deus. Da mesma forma, podemos usar a liberdade contra os outros.


Paulo nos alerta: “vós, irmãos, fostes chamamos à liberdade. Não useis, porém, a liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Toda a lei se cumpre
numa só palavra, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Gálatas 5.13,14)


O chamado para nos relacionarmos com Deus e com os outros é um chamado à liberdade.
Contudo, essa liberdade não deve ser usada para satisfazer o egocentrismo. Algumas pessoas usam essa liberdade para ceder aos próprios desejos, prejudicando o casamento. Abusar dessa liberdade é ser egoísta, e isso não contribui com nada para o crescimento e desenvolvimento de ninguém, muito menos do casamento.


Por isso, o preceito da Bíblia é a melhor atitude que podemos tomar para não correr esse risco: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Em outras palavras, ao exercer a sua individualidade, não deixe de ver como a sua liberdade e individualidade estão afetando a pessoa que você ama.

Você gostaria de ser tratado com desrespeito?

É claro que não.

Pratique a regra áurea.


Limites no Casamento
Dr. Henry Cloud & Dr. Jonh Townsend
pp. 117 – 123



































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