O que há de interessante neste dia

segunda-feira, junho 13, 2005

É MELHOR ESQUECER

Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo mau, perdoei-te
aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente,
compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci
de ti? E, indignando, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que
pagasse tudo o que devia. Mateus 18:32-34

Cada vez que deixamos de perdoar, cada vez que resistimos a oferecer a graça de Deus a alguém que nos feriu, criando uma barreira, nós também perdemos. Nós também somos destruídos por dentro, porque estamos entregues aos atormentadores. Nós nos colocamos debaixo da influência de atormentadores. Eu me deparo com isso vez após vez no meu aconselhamento. Recebo pessoas em meu consultório às vezes tremendo, com a raiva estampada no rosto, com ressentimento, alguma coisa que revela a pertubarção existente no seu interior. Geralmente, essas pessoas, por carência da graça de Deus, e por falta de serem perdoadas, ou por falta de capacidade de perdoar, estão, de alguma forma, entregues aos atormentadores.

(...)

Corrie e sua irmão foram aprisionadas em sua terra, a Holanda, durante a Segunda Guerra Mundial, por esconderem judeus em sua casa, e levadas para o sul da Alemanha, onde sofreram os horrores do campo de concentração, um lugar no qual milhares e milhares de mulheres morreram. Ali a sua irmâ morreu, mas Corrie foi libertada, tornando-se uma destacada serva do Senhor e grande pregadora.

Certa ocasião, ela estava pregando numa igreja na Europa. O local estava lotado para ouvir aquela santa mulher de Deus. Naquele domingo, Corrie pregou sobre perdão. Foi uma mensagem, poderosa. Após a pregação, ela desceu para cumprimentar as pessoas que queriam, pelo menos, tocar nela. De repente, apareceu um senhor idoso diante dela, e disse: "Senhora, estou perdoado ou não?"

Corrie olhou para aquele homem e reconheceu nele um dos guardas do campo de concetração, o qual havia feito coisas terríveis com as prisioneiras. Naquele dia, ele estava naquela igreja, e ouvira a mensagem. Deus tocou-lhe o coração, e ele desejou profundamente, não somente receber o perdão de Deus, mas também receber o perdão daquela senhora a quem ele tinha maltratado no passado.

Naquele momento, ela ficou como uma estátua. Não conseguia levantar a mão e cumprimentar aquele senhor. Ela, que acabara de pregar sobre perdão, agora não conseguia perdoar. Que fazer? Imediatamente, ela reconheceu o que estava acontecendo no seu coração e orou: "Senhor, não sou capaz de perdoar este homem que está diante de mim. O Senhor quer que eu o perdoe, mas o Senhor terá que me dar os recursos, o Senhor terá que me dar a disposição. Porque eu simplesmente não tenho nenhuma vontade, nenhum desejo de perdoar este irmão, este homem".

Ela disse que de repente seu ser foi inundado com uma harmonia, com uma paz, com um desejo de perdoar aquele senhor e até mesmo um amor tal, que ela estendeu a mão, apertou a mão dele e disse: "Em nome de Jesus, está perdoado". O homem olhou para ela e disse: "Corrie, você não imagina o que isto significa para mim, muito obrigado". E desapareceu da presença dela.

Se conseguimos perdoar até àqueles que nos fazem grande mal, conseguimos nos livrar dos atormentadores que Jesus menciona em Mateus 18.

Do livro É Melhor Esquecer, A importância do perdão na família, de Jamie Kemp

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial