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terça-feira, setembro 28, 2004

Do que são formadas as Igrejas - Parte II

Com a chegada de Jesus, com toda a força vinda de Deus, o pensamento cristão ganhou vida e encontrou na figura de Paulo de Tarso seu grande divulgador, tendo ele, depois do Senhor, feito o maior trabalho. Paulo traduziu para os homens toda a pureza e superioridade da doutrina de Cristo. Soprava nele o Santo Espírito.

O cristianismo passou então a atuar dentro de uma realidade em que antes já existiam o judaísmo e o paganismo. Com o trabalho de Paulo, várias igrejas foram edificadas e florescia entre os homens uma nova vida. Almas eram verdadeiramente ressuscitadas do mundo dos mortos (espiritualmente) para a vida verdadeira trazida por Jesus. A semente da igreja de Deus era finalmente plantada entre os povos, e o mundo jamais seria o mesmo.

Tão importante foi este fenômeno que dividiu o mundo em duas eras: antes e depois de Cristo.

Mas este trabalho não seria assim tão fácil. O espírito de sistema que dominava o mundo não deixaria o Bem prevalecer sem reagir.

E reagiu violentamente.

Logo nos primeiros tempos da era cristã, as igrejas primitivas nas quais o Espírito Santo soprava com facilidade, foram aos poucos se deixando contaminar pelo personalismo, pela importância pessoal, pelas práticas seculares da idolatria, da hipocrisia e do pouco esforço no entendimento da igualdade e fraternidade.

As cartas de Paulo já nos falam de todas essas distorções dentro das igrejas e do esforço que o apóstolo fazia para corrigir os rumos.

O judaísmo-paganismo, fortemente embutido na consciência dos religiosos, foi tomando nova forma dentro das igrejas cristãs, surgindo conceitos e explicações novas para velhas práticas e atitudes. As igrejas, em sua maioria, seriam judaizadas antes do final do primeiro século. Nos dias de hoje, podemos ver várias doutrinas diferentes espalhadas pelo mundo, todas professando uma verdade acerca dos caminhos de Deus. Cada opinião diferente foi influenciada de uma certa forma por este processo. Os santos homens dentro destas igrejas, todas originárias da semente inicial do cristianismo, se esforçaram no intuito de evitar esta contaminação.

E assim foi por três séculos, nos quais homens santos tentavam de toda forma não deixar morrer o espírito da pureza doutrinária do Cristo, plantado por Paulo.

De um lado, estavam os que compreendiam o Cristo e lutavam pelo estabelecimento da igreja de Deus. De outro, estavam os que permaneciam fiéis aos velhos princípios, aos antigos fundamentos, mesmo dizendo-se convertidos para a nova crença. De sorte que a luta mais importante travada em todos os tempos em termos de idéias não foi entre judeus e cristãos,
mas entre cristãos de diferentes ideologias, muitos dos quais estavam ainda presos, atavica-mente, às antigas crenças.

Ao final de quase quatro séculos, estava já bem estabelecido o arcabouço de pensamento religioso que dominaria o mundo nos próximos 1200 anos. Vencera, por fim, o pensamento secular dos antigos fundamentos. Surgia a instituição humana, legalmente constituída para legislar no nome de Deus na face da terra. A doutrina do Cristo fora sufocada mais uma vez.

E a era das Trevas teve início.



Texto adaptado de um estudo da internet

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