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segunda-feira, setembro 20, 2004

Família

Na esquina da sua casa, na rua onde mora,você pode encontrar pessoas simples, até de certa idade, conversando acerca das coisas do estado oud a região onde moram.

Reclamam das ruas sujas, reclamam do não atendimento de pessoas carentes. Reclamam que falta aparecer alguém mais comprometido com o social, para cuidar da 'casa', cuidar das obras públicas. Cuidar da cidade.

Da mesma maneira, na igreja, há pessoas que reclamam que muitas coisas poderiam ser feitas de forma melhor, de forma mais atraente para as pessoas. E tanto na igreja, como fora dela, as pessoas costumam dizer que a culpa é de fulano, que agora está no poder.

Na verdade, a culpa é de todos nós. A culpa é das pessoas que reclamam, quando poderia fazer alguma coisa. As pessoas que agora fazem o trabalho ganham a culpa por serem o 'bode expiatório da vez'.

Você já reparou como todos nós reclamamos sem parar?
Reclamamos de tudo e nada realmente está como desejamos.

Se cada um, porém, fosse comprometido com o trabalho que exerce, com o trabalho
de alcançar almas para Cristo, com o trabalho de modificar nossa casa, nosso lar, nossa cidade, nós poderíamos realmente construir algo bom. O fato de nosso mundo ser maculado pelo pecado não nos impede de tentarmos melhorá-lo, de tentarmos criar uma sociedade melhor, mais justa, mais digna, mais comprometida com o próximo, com os projetos sociais, mais humana.

Você estuda durante 30 anos. Se torna um médico. Monta um consultório. Cobra por todas as suas consultas. Digamos que cobre 50 reais por cada consulta que realiza.
Você diz a si mesmo que é um preço justo. Pois paga seus 30 anos de estudo. Paga o aluguel da sua clínica. Paga a sua secretária, que atende as suas chamadas. Paga a sua conta de telefone, energia, água encanada. É um preço justo.

Agora, digamos que uma vez por semana, você reserve um dia da sua agenda já tão cheia de atendimentos, de pessoas que o pagam. Peça à sua secretária que atenda pessoas que não podem pagar você e marque as consultas destas pessoas. Digamos que você reserva 30 fichas para um dia na semana, digamos que quarta-feira, para atender pessoas que não tem com que te pagar a consulta. E ofereça a elas, de graça, a oportunidade de usufruir do conhecimento que você adquiriu neste 30 anos.

Digamos que você faça isto todos os meses, separando 120 fichas mensais para isto.
120 pessoas com problemas e que os órgãos públicos ignoram.
120 pessoas que você não irá procurar o INSS para ressarcir suas despesas.

Sem ter ganho em troca.

Pois lhe digo que é isto que Jesus desejaria que você, eu, qualquer outra pessoa pudesse fazer. Que pudesse ajudar àqueles que não tem com que te pagar, que não tem com que te oferecer algo em troca.

Se nos muitos consultórios médicos de minha cidade as pessoas agissem assim, nosso índice de doentes não existiria. Não existiram pessoas sem serem atendidas em filas de hospitais, diminuiriam os casos de pessoas mortas com uma simples gripe, rubéola.
Coisas para os quais nós já possuímos remédios capaz de resolver os problemas. Mas que pessoas sem conhecimento padecem por ter sequer acesso a um serviço de saúde.

Se os enegenheiros de nossa cidade agissem assim, não existiram sem-terra e pessoas
morando debaixo da ponte ou caídas pelas ruas.

Se as famílias em nossa cidade agissem assim, não teríamos orfanatos, porque cada criança teria
um lar, porque alguém com certeza as acolheria.

Se nosso país adotasse esta idéia, todos nós seríamos pessoas melhores a cada dia.

Mas não fazemos tal coisa. Porque isto é uma decisão pessoal de cada um de nós.

Preferimos ser egoístas. E cobrar para que as pessoas venham até nós obter aquilo
que sabemos.

Isto seria o que Deus chama de oferecer graça e misericórdia. O mundo te pede que sempre cobre algo em troca de quem te procura para resolver um problema. As palavras de Jesus ecoam já a 2000 anos no mundo. Elas continuam sendo verdadeiras. Continuam falando da verdade. Continuam nos ensinando coisas que nós deveríamos cultivar entre nós.

Nós fazemos entre nós, mas somente na igreja. Somente àqueles que estão debaixo do mesmo teto que nós. Pessoas que conhecemos. Não fazemos isto com o estranho, com a pessoas que conhecemos ontem, que nunca vimos em nossa vida.

Fazemos isto com nossa 'família'.

Nós somos egoístas.

Você quer mudar alguma coisa? Tente começar mudando a si mesmo. Só fazer esta transformação já é muito difícil.

E por mais que eu também me esforce em tentar oferecer a mesma graça e misericórdia
a todos que se aproximam de mim, eu também falho nesta tarefa.

O nosso comprometimento deveria ser total com o nosso próximo. Mas não é.

Quisera que Deus realmente dominasse nossas vidas.

Gostaria de ver esta idéia sendo implementada. Mas esta idéia, deixada por Jesus
a dois mil anos, é nova, é genial para muitas pessoas. Porém, nenhuma delas a toma para si.

Como diria meu professor de Física: A teoria é uma coisa. A prática é outra.

Reflita nestas palavras. Tente praticá-las esta semana. Tente fazer a diferença
sem esperar que Deus te dê um ganho em troca, que Deus te ache o máximo,
que você se ache o máximo.

Tente ser realmente um cristão.


By
Manoel Leonardo

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