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quarta-feira, outubro 17, 2007

CRIANÇA PROBLEMA

SENHOR, o meu coração não se elevou nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas para mim.
Certamente que me tenho portado e sossegado como uma criança desmamada de sua mãe; a minha alma está como uma criança desmamada.
Espere Israel no SENHOR, desde agora e para sempre.
Salmo 131




Imagine uma criança.

Ela se afasta de seu pai. Cai, se machuca. Chora. Volta aos pés de seu pai e pede auxílio. O pai com olhos ternos a ajuda a levantar-se. Firma-lhe os passos. A faz andar por sí própria. A criança alegre caminha diante do pai.

Dali a alguns instantes vai e se afasta. Volta chorando novamente e se põe aos pés do pai. O brinquedinho foi tomado por outra criança. Ela berra, chora, levanta os olhos ao pai e pede ajuda. O pai se move novamente e a auxilia, devolvendo-lhe o brinquedo.

E a criança fica diante do pai brincando feliz mais um tempo. Depois, novamente se afasta. Cresce e se torna forte.

Um jovem.

Faz coisas erradas.

De longe, o pai a observa. Agora já é um jovem. Pode fazer o que bem entender. O pai se
vira para o outro lado. O jovem se machuca em uma briga com outro jovem. Pede ajuda ao pai.

O pai o ignora. O jovem se revolta e o chama de ingrato. De injusto. Diz que ele é o responsável por todo o mal. De longe, o pai observa a tudo calado. Por fim, o sofrimento cresce mais e mais ainda. O jovem se aproxima cabisbaixo. Chora. Lamenta. Se derram aos pés de seu pai. O pai o ignora por mais duas horas. Por fim, se compadece. Ajuda-o a erguer-se. Limpa-o dos ferimentos. O faz elegre novamente. E o jovem mais uma vez é restaurado.

E se torna um adulto.

Um adulto que possui suas próprias convicções e seus próprios ideais. Um adulto que passa a fazer as coisas do seu modo e não do modo que seria agradável à seu pai.

Alguém que viveu junto ao seu pai, mas que se deixou preencher de amargura e ressentimento e endureceu seu coração contra seu pai. Algo bem comum de acontecer com quem realmente quer viver longe de bons princípios de vida.


E mais uma vez, ele se afasta. Dessa vez por questão de princípios. Por imaginar a vida do jeito que deseja e não do jeito que seu pai deseja. "Não sou meu pai. A vida é minha." Cria suas próprias regras. Faz o que deseja em seu coração. Aprende costumes errados, costumes que seu pai não o ensinou a ter.

E mais uma vez tomba. Levam tudo o que ele possui. Casa, dinheiro, família. Devassam sua vida. Mais uma vez se machuca.

E mais uma vez, retorna a seu pai. Chora. Berra. Se derrama.

O pai o deixa sofrer mais tempo desta vez. Contudo, o homem irá morrer. Não terá como escapar. Irá sofrer a condenação final.

E por fim, o pai estende a sua mão.

Retira o filho do lamaçal de problemas. E morre em seu lugar. Entregando a sua vida por amor.


Essa é a descrição perfeita do que Israel esperava de Deus.

Alguém presente. Afinal, Moisés foi enviado por Deus. Josué foi enviado por Deus. Davi Deus escolheu. Salomão Deus abençoou.

Israel esperava alguém presente. Alguém politicamente presente. Alguém que resolveria os problemas "agora". Não alguém que falasse do coração, do sentido espiritual da vida. Do homem como escravo do mundo. Israel não esperava o final de morte, mas que Deus continuasse a viver e a resolver seus problemas terrenos.

Não alguém que falasse do amor infinito de Deus pelo homem, por sua criação mais bela, mais notável, mais cheia de vida e de Sua sabedoria.

Que tipo de Deus nós esperamos?
Que tipo de Senhor temos em nossos corações??

Esse Deus verdadeiro, esse Deus sempre presente, esse Deus nos ama. Nos edifica. Cuida de nós. Nos dá abrigo, alimento, vida, vida eterna e um mundo maravilhoso.

Confiamos Nele?
Sabemos aguardar seu momento? Seu tempo correto??

Aquela criança, aquele jovem, aquele adulto, é cada um de nós em um momento de nossas vidas. Jesus morreu uma vez por nós. E uma vez por todas.

Que saibamos esperar Nele.

A paz de Cristo.

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