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sexta-feira, outubro 08, 2004

Temos de Perdoar nossos Inimigos?

Este estudo é para reflexão. Se quiser fazê-lo, tente responder as perguntas no final do mesmo. As perguntas são de minha autoria

(...)
De conformidade com o ensino bíblico, a absolvição e a atitude de perdoar são coisas
inseparáveis, e quem fica livre da ofensa não é o ofendido, e sim o ofensor.

(...) A oração do Pai Nosso tem de ser entendida sob a perspectiva de nossa conclusão
de que todo perdão da parte da pessoa ofendida pressupõe arrependimento da parte
daquele que a ofendeu. Nossa oração é que Deus nos perdoe quando já pedimos perdão
a outrem, assim como perdoamos aqueles que nos rogam perdão. A expressão "alguma
cousa contra outrem", em Marcos 11, tem de ser colocada naquela categoria de coisas
descritas como "motivo de queixa contra outrem", em Colossenses 3. Isto é evidente da
repreensão de nosso Senhor a Pedro, quando Ele afirmou: "Não te digo que até sete
vezes, mas até setenta vezes sete"; e poucos se dão ao trabalho de averiguar o contexto
dessas palavras. Em alguns versículos anteriores, Mateus havia apresentado novamente
o ensino de nosso Senhor a respeito de como reagir ao irmão que peca contra nós.

Temos de procurá-lo e colocá-lo na atitude correta; se isto não funcionar, temos de levá-lo
perante a igreja; e, se isto também não funcionar, ele precisa ser tratado como um incrédulo.

Em outras palavras, a resposta de nosso Senhor a Pedro se encontra em um contexto de
ofensas no ambiente da família de Deus; essa resposta não tem qualquer relação com o
perdoar um criminoso que assassinou o esposa ou a esposa de alguém. Finalmente, se,
de alguma maneira, as palavras de nosso Senhor, no Calvário, são o modelo para nós,
então a única coisa que elas nos ensinam é que devemos orar ao nosso Pai celestial em
favor daqueles que pecaram contra nós, a fim de que Ele lhes conceda perdão; e isto
significa que, primeiramente, Ele precisa trazê-los ao arrependimento.

Isso nos traz a outra alternativa. A resposta à pergunta "Temos de perdoar os nossos
inimigos?" é "Não, não temos, a menos que eles se arrependam e nos peçam
perdão".

Então, que devemos fazer como crentes?

Quando um emergente líder do gueto de Varsóvia, que se mostra tão amargurado pelas
atrocidades do nazismo, afimar: "Se vocês pudessem beber meu coração, ele os envene-
naria", esse líder não nos está apresentando outra alternativa para o perdão. O ódio e
a vingança não constituem a outra alternativa. A reação do crente àqueles que tratam
com crueldade a ele ou às demais pessoas tem de ser encontrada no exemplo que o
Senhor mesmo deixou para nós: "Ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje: quando
maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente" (1 Pedro
2:23).

Essa aceitação calma nos levará à atitude essencial - a compaixão. A compaixão é o resultado
de submissão humilde ao plano de um Deus todo-sábio, que demonstra pleno cuidado por
nós. Isto sempre traz consigo o desejo de manifestar misericórdia e procurar o bem-estar
daqueles que nos tratam de maneira perversa.

Em outras palavras, a compaixão equivale a contemplarmos o ofensor não tendo em vista a
nossa própria felicidade, e sim a dele. "Perdoar" pode fazer o ofendido sentir-se
melhor, bem como levá-lo a sentir-se superior ou moralmente satisfeito
consigo mesmo. A compaixão nuncas pode fazer que nos sintamos superiores,
pois ela é uma palavra que significa "colocar-se ao lado". Foi essa palavra que
nosso Senhor utilizou quando contemplava as multidões perdidas e desamparadas.

Compaixão é uma palavra de piedade e afeição. "Eu te perdôo" pode ser dito com um
sorriso de superioridade; a compaixão é acompanhada por lágrimas. Para o
crente, esta palavra o leva a orar a Deus, que pode realizar o arrependimento
que conduz ao perdão. O Senhor Jesus foi impulsionado por compaixão, ao clamar, no
Calvário: "Perdoa-lhes". Nosso Senhor não instruiu seus discípulos a perdoarem aqueles
que os perseguiam, mas ensinou-os a orar por eles (Mateus 5.44). Este é o ponto
cruciall.

O perdão de Deus, assim como sua graça, é imerecido, infinito e ilimitado; porém, esse perdão
nunca é incondicional. O nosso perdão também nunca deveria ser incondicional. Somente a
compaixão é incondicional.

Brian Edwards - Temos de Perdoar nossos Inimigos??

1) Pelo texto, o perdão depende exclusivamente de nós também. Se eu não perdoo,
como Deus perdoará os meus pecados? Isto é verdadeiro ou é falso??
2) Se a pessoa não se arrepende, ela retém o perdão. Devemos retê-lo também
em sua vida? Devemos guardar a amargura e a dor causadas?
3) Brian Edwards mostra problemas com o perdão? Explique seu comentário.

(Versículos para ajudar nas respostas: Marcos 11:26; Lucas 17:4; João 20:23;
II João 1:9; 2 Coríntios 2:10; Lucas 6:27; Lucas 6:35)

By
Manoel Leonardo

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