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quinta-feira, setembro 08, 2005

SEMEAR EM MEIO A LÁGRIMAS

Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
Aquele que leva a preciosa semente, andando e
chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo
consigo os seus molhos. Salmo 126:5-6


Entre os batistas é comum haver regozijo e alegria. Temos
cânticos belíssimos, damos atenção ao louvor de uma maneira
agradável e preciosa em algumas denominações.

Sem dúvida, chegar às portas de Deus após convertido com hinos
e cânticos de alegria deve ser uma bênção para qualquer alma.
E há muitos entre nós que se convertem e adentram as igrejas
com essa euforia no coração. Sabe, a empolgação e o entusiasmo
de algumas pessoas quando encontram a Deus pode até nos contagiar.
Podem até nos fazer lembrar dos momentos maravilhosos que tivemos
na presença de Deus.

Mas da mesma maneira que estas pessoas entram com alegria em nossas
igrejas, novos conversos, elas se vão algumas vezes de volta ao mundo ou
a outras denominações... Humilhadas e com mágoas, em virtude da ação
do inimigo em suas vidas.

É tão bom ser chamado de filho na casa de Deus. Dizemos que todos os que
se convertem são filhos legítimos de Deus.
Mas posso ver o quadro e a cena até grotesca dentro de algumas das igrejas
que freqüentamos: a pessoa récem-convertida chega, em mais um fim de semana,
cheia de alegria.

E ouve de alguém que não passa de um bastardo. Ou é humilhada e tratada de maneira
indecorosa por um membro mais antigo dentro da igreja.

Irmãos, isso acontece com mais freqüência do que imaginamos. E somos todos responsá-
veis por isto como igreja. Porque como seres humanos, temos inveja, mágoa, ressentimentos,
e nossa carne com que conviver diariamente.

E nossa carne é capaz de: apagar o otimismo de uma alma récem-convertida... dizer palavras
ásperas por prazer somente para desorientar os outros... tratar as pessoas de maneira indi-
ferente... Enfim, inúmeras razões e meios o inimigo utiliza neste caminho.

Que alegria de filho converso pode durar se ele ou ela é chamado de bastardo por alguém
mais antigo na igreja? Na verdade, o crescimento espiritual vem com o tempo. Talvez o
novo irmão, a nova irmã, tenha crescido mais rapidamente em um quesito qualquer espiritual,
coisa que os mais antigos levaram anos para conseguir... Ou ainda não conseguiram... Mas sua alegria é roubada, porque o irmão ou irmã mais antigo ainda não conseguiu uma vitória ou avanço naquela área específica. Os ladrões da alegria alheia... Lembram do que disseram quando Jesus fui ungido com óleo na cabeça? Criticaram a mulher pelo ato.

Jesus chamou a atenção deles por isto. Tiravam a alegria de uma ato maravilhoso de uma alma se derramando para Deus. Sabe, fico imaginando como seria ter um perfume tão caro jogado sobre mim de surpresa. Fale a verdade: isso seria uma surpresa e tanto, não seria? As surpresas que fazem pra gente em aniversário, por pessoas queridas, enfim, não nos deixam com alegria no coração?

Os ladrões de alegria tentam apagar estes momentos.

O mais triste neste quadro é que isto deixa marcas na pessoa atingida por estes ataques.
Ela pode tornar-se magoada, pode afastar-se do meio da igreja, pode responder de maneira
afrontosa a alguém que a trata indignamente. E isto tudo seria uma reação humana.

A nós, resta a pecha de convivermos com aquela antiga acusação que tínhamos no
mundo: "Assim que vocês são crentes? Tratando as pessoas desse jeito?"

Quantas pessoas não trocam de igreja entre as denominações batistas não por motivo de
viagem, mas por terem sido atacadas pessoalmente por alguém dentro da própria igreja?
E algumas de maneira até muito afrontosa? Alguma igreja batista faz esta estatística? Não,
eu acho que não.

A palavra nos ensina que não devemos julgar os outros. Mas julgamos. A palavra nos diz
para não fazer acepção de pessoas, não tratar melhor o mais rico, não tratar de maneira
menor o mais pobre. E nós fazemos isto. A palavra nos ensina para termos o mesmo amor,
o mesmo desapego, o mesmo cuidado uns com os outros. E se possível, levar este cuidado
para os de fora.

Mas dentro de nossas próprias igrejas, deixamos Satanás usar-nos para afastar almas
maravilhosas e que adentraram a igreja com alegria e com a boca cheia de louvores.

Temos os nossos defeitos. Eles podem ser bem piores do que o de outras igrejas. Temos
a malícia, a marca de Satanás, em nosso meio. Agindo por debaixo dos panos, corrompendo
o amor que tentamos demonstrar uns para com os outros e lançando mão de suas artimanhas
para tornamos pessoal coisas que não passariam de atos corriqueiros.

Sou continuamente chamado de falso por algumas pessoas. E tenho que conviver com esta afirmação. Gostaria de poder dar uma boa resposta a estas pessoas. Mas não posso. Isso me igualaria a elas. E não seria, de maneira nenhuma e sei disso, o que Deus me pediria para fazer!!!

E Ele me pede tantas coisas.

Os novos membros ficam remoendo as atitudes de nosso joio. "Por que ele fez isso? Por que
ela agiu daquela maneira comigo? Por que ele levantou a voz? Por que ela não me ligou?"

E esta dor das feridas deixadas faz de nós mais responsáveis uns para com os outros. E mais responsáveis quando uma dessas almas retorna para, de novo, estar na igreja.

Foi com tristeza que reencontrei uma colega antiga de ministério cinco ou seis semanas atrás.
Ela postou-se atrás de mim durante o culto principal de domingo. Puxei conversa e perguntei como ela estava. Porque sumira. Ela me disse que se afastara por problema pessoais com seu namorado e porque ele se envolvera com uma pessoa de seu grupo dinâmico. E que seu grupo dinâmico sabia disso e nada dissera a ela. Disse-me claramente que não se sentia bem ali. Achava tudo muito falso.

Eu suspirei. Consegui conversar com minha antiga colega em tom mais espiritual e a levei ao pastor do grupo de jovens para uma conversa. Tentei dizer a ela para não deixar que aquelas coisas a afastassem do caminho de Deus.


Sim. É sempre triste ouvir estas histórias. É sempre triste perceber que a carne pode dominar as pessoas, pode corromper o contato com Deus. O que nos une na igreja deveria ser um laço tão forte que não pudesse ser rompido por nada neste mundo: brigas, discussões, desavenças. Em tudo, deveríamos olhar para Deus e dizer: "Ele é meu irmão em Cristo. Ela é minha irmã em Cristo. Se isto me magoar, Deus está comigo. Vou ter uma conversa franca com ele. Vou ter uma conversa franca com ela. Isto é pra Deus. Não é pra nós. Vou perdoá-la em Cristo. Vou perdoá-lo em Cristo. Vou lembrar-me acima de tudo que sou cristão, e que Deus quer atitudes e ações corretas de cada um de nós. Acima de tudo, vou adentrar sua casa com alegria e em amor, e apresentar a Ele o louvor e a paz que Ele merece."



Você já orou pelos novos convertidos de sua igreja?

Acredite. Temos uma responsabilidade enorme para com cada um deles.

E ela começa no momento em que eles adentram a porta da igreja.

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