O que há de interessante neste dia

sexta-feira, maio 26, 2006

O ESPÍRITO E A PALAVRA

Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Efésios 6:17

A Palavra de Deus aqui é chamada de espada do Espírito. Foi o Espírito que inspirou a revelação escrita, visto que "homens [santos]falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (II Pedro 1:21).


Este é um pensamento que todos os cristãos devem manter sempre diante de si. Deus nos promete Seu Espírito Santo, mas também nos dá advertências.


Que dom o Espírito concede para nos proteger contra os erros que Satanás lança contra a igreja? I Coríntios 12:10; I Timóteo 4:1; I João 3:24-4:1


O fato é que existem muitos e variados espíritos que ensinam todo tipo de doutrinas.


Mesmo na igreja cristã, crenças estranhas, para não mencionar práticas estranhas,são promovidos por pessoas que elegam ter sido inspiradas pelo Espírito Santo. Embora, em alguns casos, os enganos e falsificações sejam tão óbvios que é espantoso que alguém caia de amores por eles, em outros, os enganos podem ser bastante sutis, promovidos por pessoas que podem ser amáveis, gentis e atésinceras.


Como, então, alguém pode provar os espíritos, se são de Deus ou não?


Qual é a grande prova para determinar a solidez de determinados ensinos, se são ou não inspirados pelo Espírito? Como podemos ser protegidos senão nos alimentamos pela Palavra ? Salmo 119:105; Isaías 8:20; Lucas 10:26;Lucas 16:29-31; Atos 17:11; II Timóteo 3:15-17


João Calvino adverte: "Devemos aplicar-nos zelosamente a ler e a ouvir as Escrituras, se é que realmente queremos obter qualquer ganho ou benefíciodo Espírito de Deus... Mas para que sob a Sua bandeira o espírito de Satanás não penetre sorrateiramente, Ele quer que O reconheçamos em Sua própria imagem,que estampou nas Escrituras. Ele é o autor das Escrituras: Ele não pode variar nem diferir de si mesmo. Conseqüentemente, Ele deve permanecer para sempre damesma maneira como no passado Se revelou ali." - João Calvino, Institutos da Religião Cristã I, 9:2.

(...)


"A própria obra do Espírito Santo no coração deve ser provada pelaPalavra de Deus. O Espírito que inspirou as Escrituras, leva sempreás Escrituras." - Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 43.

1. Como classe, examinem cuidadosamente sua resposta à pergunta anterior. Quais são alguns dos enganos espirituais que as pessoas enfrentaram? O que vocêsaprenderam para serem úteis aos outros?

2. Tome duas pessoas: uma tem Teologia muito boa mas é má, desagradável, vingativa e crítica; a outra, embora seja teologicamente suspeira, é amável, perdoadora e generosa. Qual delas está revelando mais do Espírito Santo em sua vida? Esteja preparado para defender sua resposta.


3. Como a igreja deve responder a alguém que, agindo de forma estranha, alega estar agindo sob a direção do Espírito Santo?


Estudos da Escola Sabatina

2o. Trimestre de 2005O Espírito Santo - pág. 62 e trechos da página 65.

A paz de Cristo.

segunda-feira, maio 22, 2006

O JUDAS QUE HÁ EM CADA UM DE NÓS

O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito, mas ai daquele por intermédio de quemo Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido! Mateus 26:24


Pois o Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito; mais ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido! Marcos 14:21


Jesus deixou muitas palavras dignas de nota. Deixou milagres descritos, deixou textos que geram profunda reflexão interior em nós e, como já dito anteriormente, se preocupou em trasmitir vida e graça. Se preocupou em falar dos mistérios do reino de Deus, as coisas ocultas desde os tempos mais antigos.


Jesus era o filho de Deus.


Costumamos dizer que Jesus perdoou todos os nossos pecados naquela cruz. Temos fé que isto ele realizou.

Mas o que estas duas passagens,nestes dois evangelhos distintos, querem nos ensinar?


Sabemos agora que nos séculos II e III haviam inúmeras cartas, inúmeros evangelhos circulando naquele momento no mundo cristão que florescia e crescia mundo afora. Algumas delas defendiam o traidor Judas, dizendo inclusive que ele agira segundo ordens de seus próprio rabi, ou seja, o próprio Jesus. Uma maneira de se defender desses conhecimento humano, chamado gnosticismo, que se desenvolvia por algumas igrejas era dizer que o próprio Jesus afirmara que aquele que o traiu sofreria um dano terrível.


Seria como dizer que estes dois evangelistas estavam defendendo suas cartas e seus ensinamentos, contra os ensinamentos mundanos e desprovidos do Espírito Santo de outros, chamados discípulos e mestres.


Essa auto-defesa não tira o caráter dos ensinamentos, não tira o espírito e não mancha as coisas ditas pelas pessoas que escreveram estas cartas. Ela mostra um lado bem humano de seus escritores. Por outro lado, podemos imaginar que os textos foram alterados e estas duas passagens acrescentadas a eles no passar do tempo. Nem Lucas ou João fazem qualquer referência desse tipo em seus escritos sobre Judas, fazendo simplesmente um relato dos acontecimentos da crucificação de Jesus Cristo.


Jesus teria realmente dito estas palavras?


Leiamos o que diz o profeta Isaías no capítulo 53:


Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53:4-5


Jesus precisava morrer para que nossos pecados fossem perdoados. Ele perdoou os nossos pecados. E os pecados daqueles que o abandonaram.


Se estas duas passagens foram realmente ditas por Jesus, significa que ele guardara algum tipo de rancor e mágoa pelo gesto de Judas contra sua vida. Ou pelo gesto de seus discípulos ao abandoná-lo.


Nós lemos em Mateus, Marcos, Lucas e João que Jesus orou pedindo a Deus que afastasse Dele aquele cálice. Mas ele precisava bebê-lo. Ele sabia disso.


Já ouvi diversos pastores pregando da seguinte forma: "Nós crucificamos Jesus. Fomos nós. Ele morreu pelos nossos pecados. Ele precisou ser crucificado para que eu, você, todos nós obtivéssemos o perdão de nossos pecados."


Se dermos atenção ao que estas duas passagens dizem a respeito de Judas, entenderemos que o mesmo pode ser dito a todos nós que nos convertemos a Cristo hoje. Éramos pecadores. Andávamos longe de Deus. Nós o crucificamos.


E Jesus diz que seria melhor nós não havermos nascido.


Ele precisou morrer em uma cruz para pagar pelos nossos pecados. E muitos de nós ainda hoje cometem esse mesmo erro, depois de conversos. Somos pecadores e continuaremos a sê-lo enquanto estivermos neste mundo, conforme nos diz Paulo na epístola aos Romanos.


Muitos defendem que este ponto é dito para todo aquele que se converte e volta a pecar contra Deus, mesmo assim.


Eu acredito que estes dois versículos representam um lado bem humano dos escritores dessas duas epístolas, algo que soa fariseu, que sou doutrinário e que nega aos verdadeiros cristãos uma verdade inegável encontrada em outro ponto das escrituras: As pessoas foram usadas por Deus. O Espírito Santo falou através de cada uma delas. Mas cada um delas também era humana, também possuía seus pecados, também possuía as suas falhas.

Você acredita que Jesus realmente teria dito tais palavras?


Então tema-o. Porque Ele é o filho de Deus. Está sentando à direita do Pai. E realmente não perdoou todos os seus pecados.


Se humilhe, chore, se arrependa. Era melhor você não ter nascido. Era melhor você ter morrido.


Deus tem prazer na nossa morte? Deus quer que morramos?


O que diz sua palavra:
Acaso, tenho prazer na morte do perverso? - diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva? Ezequiel 18:23

Se Deus deseja que o perverso viva e se converta, podemos acreditar que tais palavras possam ter saído da boca de Jesus, o Filho de Deus? Não dizemos que Jesus perdoou todos os nossos pecados naquela cruz?

Não sejamos hipócritas de dizer que conhecemos a Deus, mas defendemos idéias contrárias ao seus ensinamentos.


Qual de nós conhece todos os segredos ocultos de Deus para sondar a sua mente? Nenhum de nós.
Qual de nós é capaz de enxergar textos como esse e perceber ardis bem trabalhados que levam à uma socidade injusta e cercada de certas certezas como dogmas religiosos? Mas que no fundo, no fundo, não passam de tradições humanas a serem seguidas.

Compare o que estas duas passagens dizem com Mateus 18:21-22. Quantas vezes Jesus diz que Pedro deve perdoar o irmão que peca contra ele? Setenta vezes sete?

Compare estas duas passagens em João 8:1-11. Jesus condenou aquela prostituta ali, na mesma hora, quando todos os outros a acusavam por seus pecados? No fim, não ficaram somente Jesus e a prostituta? E o que Ele disse à ela? Acaso disse que ela o tinha traído? Que era melhor ela não haver nascido?

Estavam a ponto de atirar pedras naquela viúva. Mas as pedras que ela não recebeu, Estevão as recebeu no futuro, e sobre isto você podee ler no livro ded Atos.

Por que será que atiramos tantas pedras uns contra os outros??


As pedras realmente machucam. Elas ferem.


São a inveja, o ciúme e a vingança que nos fazem atirá-las contra as outras pessoas.


A paz de Cristo.