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sexta-feira, outubro 01, 2004

O clamor de Raquel

Dá-me filhos, senão eu morro!!!
Gênesis 30:1


Como as igrejas morrem??

Igrejas morrem quando páram de crescer. Quando deixam de ganhar mais almas para Cristo. Quando se fecham dentro de si mesmas, e passam a viver de doutrinas do mundo, quando se esquecem de alimentar-se da Palavra de Deus. Quando as pessoas em seu meio estão mais preocupadas... com suas vidas, em continuar possuindo os mesmos membros, sem buscar crescimento espiritual nem tentar modificação alguma em suas vidas, em promover somente o seu ministério e não a unidade da igreja. Em ganhar posição em vez de comunhão em Cristo.

Igrejas começam a morrer quando não convertem mais almas para Cristo. Quando
não conseguem mais com suas palavras modificar a vida de seus membros. Quando não
modificam mais suas próprias vidas.

O clamor de Raquel a Jacó começa a ecoar então dentro destas igrejas. Os servos que pregam
a palavra de Deus começam a ver os ministérios de deteriorarem e, como Raquel, estes servos passam a dizer: Dá-me filhos, senão eu morro!

Dá-me filhos comprometidos com a pregação do teu evangelho. Comprometidos com o seu crescimento espiritual. Dá-me filhos que possam servir em nossos ministérios, que possam
servir em submissão e respeito dentro de nossa igreja, edificando-se a si mesmos e aos irmãos que servem com eles. Dá-me filhos que possam ensinar nosso jovens, nossos adultos, nossas crianças a andar em teus caminhos, a conhecer-te profundamente, a te louvar com cantos,
com servir, com meditação e oração!!! Dá-me filhos, porque senão eu morro!!!

Este comprometimento deveria existir na vida de todo crente que prega a Palavra de Deus.
E com todo aquele que se diz ser cristão. Não são pessoas especiais que nós necessitamos! Não precisamos de pessoas que falem bonito, que nos digam como devemos nos comportar, que nos chamem a atenção quando estamos a servir na graça e misericórdia de Deus!!!

Precisamos de pessoas como você. Pessoas que podem nos ajudar a servir de maneira simples. Pessoas que são humildes de espírito, pessoas que chegaram a esta igreja marcadas pelo pecado. Pessoas que todos os dias lutam consigo mesmas suas batalhas diárias, tentando vencer suas dificuldades, seus problemas no dia-a-dia.

Nós falamos a vocês que Deus está em suas vidas. Todos os dias. Dizemos a vocês que Ele está ao seu lado. Que as suas aflições Ele as conhece. Precisamos de você aqui, porque se nossa igreja deseja espelhar a graça e a misericórdia de Deus, deseja falar dos caminhos de Cristo, ela necessita de pessoas como você. Pessoas que possam se comprometer com aquilo que o Cristianismo é na verdade. Com aquilo que o Cristianismo prega desde o seu início: "Eu quero mudar!! Eu quero crescer! Eu quero servir mais a Deus! Eu quero estar na presença deste
Deus e dizer a Ele o quanto sou grato por Ele ter salvo minha vida do pecado!!!"

A sua igreja precisa de você. Porque mais do que qualquer outra pessoa neste mundo,
você sabe o valor que representa ser salvo!! Você sabe o alto valor do preço de Jesus naquela cruz!! E todos os dias nós O marcamos mais e mais com nossos pecados!!!

A casa de Deus é um corpo. O corpo de Jesus Cristo. Este corpo é formado por mim, por você.
Pela pessoa naquela porta, sorrindo quando você adentra por ela. Pelos jovens e adultos que guardam as suas crianças enquanto você confortavelmente assiste ao culto e a pregação de seu pastor. Nós precisamos de vocês para crescer espiritualmente. Porque sem vocês buscando o crescimento espiritual o que seriamos nós?? Seu pastor precisa de você porque necessita fazer o trabalho de ganhar almas para Cristo!!

Seu pastor pode buscar outras coisas. Ele pode querer seu dinheiro, pode querer sua devoção. Há quem busque isto e aquilo, pois cada um é uma pessoa diferente. Mas digo a você, quero dizer a você, que a igreja quer você porque necessita que você cresça, necessita que você possa buscar mais almas para Cristo. O corpo de Cristo necessita de você para que outras almas possam ser alcança das através de sua vida.

Em sua casa. No seu trabalho. Nas ruas por onde você anda.

Deixe que Deus possa habitar mais e mais dentro de você. Deixe que o Senhor possa dizer a você o que digo agora: "Eu preciso de você! Eu preciso de você para levar a minha Palavra até aquele seu trabalho, tão cheio de gente moribunda, perdida no mundo! Eu preciso de você para salvar aquela sua vizinha, perdida entre tantos encontros e desencontros amorosos! Eu preciso de você para fazer a diferença na igreja e poder oferecer uma palavra de conforto, de motivação a um irmão seu que se encontra tão triste e desanimado na fé, pelos problemas que anda enfretando!!"

A igreja de Deus somos todos nós. Eu desejo que você entenda este compromentimento, e que saiba que quando um de nós perde, todos nós perdemos. Quando um de nós vence, todos nós vencemos!!! Olhe para a pessoa do seu lado. Ela é seu irmão, sua irmã na fé. Assim como você, ele, ela é capaz de fazer a diferença na vida de uma pessoa, de muitas pessoas onde quer que se encontre. Encoraje-a! Diga que Deus é com ela!!

Mais do que nunca, nós precisamos fazer a diferença de levar a mensagem de Deus a este mundo. Nós somos a geração remanescente. A nós cabe esta tarefa! Exerça-a com fé, em todo
o poder de Deus!!!

Senhor, dá-nos almas!!! Porque tua igreja necessita delas! Nós necessitamos de almas que possam nos motivar, que possam servir em tua obra, que possam levar a tua mensagem aonde quer que se encontrem!! Dá-nos almas comprometidas com o teu propósito!!! Nós necessitamos de ti, Senhor!!! Sabemos que todo e qualquer crescimento só acontece com a tua direção e com o Teu auxílio!!! Estimula-nos a te buscar! A ler mais a tua Palavra! A enriquecer nossa mente com ela! A estar a cada dia em oração uns pelos outros! A estarmos comprometidos com a tua mensagem e a entrega dela a este mundo!!! Dá-nos almas, SENHOR!!! para que nossos ministérios possam experimentar a comunhão de irmãos em Cristo! Para que os nossos ministérios possam experimentar o crescimento espiritual que brota da reunião de irmãos em um trabalho harmonioso em tua presença!!! SENHOR, ensina-nos a viver em comunhão!! E a trazer mais almas para o nosso meio!!! Dá-nos almas, SENHOR!!!

Porque nós necessitamos delas para continuar te servindo!!!

Amém.

By
Manoel Leonardo
(28/09/2004 - 19:27h)


quinta-feira, setembro 30, 2004

Do que são formadas as Igrejas - Parte IV

Dividida em dois grandes blocos - catolicismo e protestantismo - a religião cristã segue e entra na era das grandes conquistas sociais, políticas e econômicas que caracterizou todo o
século XX, enfraquecidae pelas lutas ideológicas internas, sem compreender a força transformadora da doutrina do Cristo.

Há uma pulverização de seitas, religiões e doutrinas de homens jamais
vista, todas com a capa do Bem sem, contudo, ter a sinceridade dele,
no dizer de Paulo.

Para se saber se o Espírito que sopra nesses movimento é de Deus basta ver as conseqüências de cada um deles para a vida do indivíduo que, em sua maioria, seguem exatamente como são, sem realizarem transformações verdadeiras em suas vidas individuais e coletivas (mudança interna na alma e ajustes na vida familiar e social).

Todas têm como fonte de inspiraçãoo mesmo espírito judaico-pagão: o espírito farisaico e importante do judaísmo e/ou o espírito negligente e ignorante do paganismo. E mesmo
nas outras religiões ditas não cristãs sopra o mesmo espírito.

Já dentro da seitas cristãs, o mesmo espírito age gerando os mais diversos problemas, desde a exigência de disciplina, no cumprimento de normas as quais os grupos seguiram e encontraram a Deus, sem se preocupar se este rumo para pessoas diferentes funciona à contento, ou seja, sem discernir que o corpo de Cristo é constituído de muitas pessoas e diferente membros, até a exigência de comportamento cristão por parte de seus membros, uma exigência descabida
já que a transformação interior pode levar anos e até uma vida inteira para vidas que aceitaram a Cristo, mas vivem totalmente impregnadas de atitudes e atos gentios e judaicos.

O que se vê hoje em sua maioria são religiões vazias do Espírito Santo.

E se não têm o Espírito de Deus, têm o espírito do Homem, influenciado pelo inimigo do Bem, seguindo regras e doutrinas erradas, influenciadas pelo judaísmo-paganismo.

Muitas igrejas são cheias porque se utilizam em seu chamamento do grande imã que ilude o indivíduo nos tempos atuais, que é a promessa de prosperidade material aqui na terra.

Algumas são mais ousadas nesta pregação do que outras, mas mesmo as que utilizam ostensivamente desse artifício o utilizam nas entrelinhas, fazendo o homem crer que Deus
o premiou apenas com esta vida.

Ora, tendo-se só uma vida, é natural que se lute para conquistar felicidade
a qualquer custo. E vale tudo: desde promessas, amuletos, rezas, cantorias, dízimos, sacrifícios, jejuns, consultas a Espíritos, exorcismos, prática de mediunidade, esmolas, incensos, penitências, velas, imagens, até a falsa idéia da supremacia das religões.

Cada um elege alguma coisa como caminho para a salvação.

Sabe-se, porém, que o homem não se salvará pelas religões, mas pelo sentimento sincero de amor ao próximo, independente do rótulo que professarem. O que conta é o que tem no coração, pois o Espírito sonda a intimidade, esquadrinha os corações e sabe qual a verdadeira intenção
do indivíduo.

As religões servem como escola disciplinadora desse esforço de entendimento, mas ela por si
só não converte o indivíduo. A conversão é um fenômeno que se dá pela fé, numa atitude de humildade e submissão a Deus, que parte dadecisão do indivíduo de buscar no Pai Celestial, através de Jesus, a fonte da vida verdadeira. Só assim ele terá a felicidade reservada aos eleitos de Deus, que são os que servem em mente o bem do próximo, antes que o seu, "esvaziando-se de si mesmo, tomando forma de servo", no dizer de Paulo.

As religiões que conseguirem levar o homem a essa compreensão são as que estão sintonizadas com a doutrina do Cristo. Todas as outras são plantas que o Pai Celestial não plantou. Essas, segundo Jesus, serão arrancadas pela raiz.

A partir desta reflexão, pode-se avaliar quais as religiões, postas hoje no mundo, que estão
ainda sob a influência do espírito judaico-cristão e quais são aquelas que estão em sintonia
com a doutrina do Cristo.

E estas últimas, nos dias de hoje, talvez ainda possam ser contadas na ponta de seus dedos em muitos países... No Brasil, país gentil-judaico, impregando pelo paganismo, cheio de divisões, o número delas talvez possa caber em uma somente de suas mãos...


baseado em um estudo da internet

quarta-feira, setembro 29, 2004

Do que são formadas as Igrejas - Parte III

A doutrina de Paulo não encontrou eco no ambiente da nova igreja.

Quando ela foi estruturada já havia um domínio claro e inequívoco dos velhos princípios, o que facilitou sobremaneira a influência do mal, degenerando completamente os objetivos espirituais em detrimento dostemporais.

Mesmo assim, o Espírito soprava dentro da Igreja na boca de homens corajosos
que combatiam a hipocrisia, a idolatria, o papado e todas as vilezas humanas que era
cometidas sumariamente pelos donos do poder. E assim, passaram-se cerca de 1200 anos.

No século XVI, mais precisamento no ano de 1517, surge com toda a força um novo movimento que viria a ser, depois do advento de Jesus Cristo, o evento de maior importância aos destinos do mundo.

Um monge alemão descobre que a igreja que ele amava e defendia estava muito longe de Deus, sendo conduzida por escusos interesses temporais, irremediavelmente dominada pelo inimigo
do Bem.

Em princípio, achou que poderia reuní-la novamente em torno do cristo, mas pelas violentas reações desencadeadas após seus primeiros escritos, percebeu que lutava contra um inimigo muito poderoso e que dificilmente encontraria aliados dentro das hostes da escola que o instruiu.

Totalmente inspirado pelo espírito protestante que absorvida da doutrina de Paulo de Tarso, Martinho Lutero desencadeou a Reforma Protestante desenvolvendo seu pensamento pelas instruções da Carta de Paulo aos Romanos, que reúne toda a teologia paulina. O entedimento sobre o Espírito Santo, sobre a humildade e submissão, pecado e graça, fé e obras, carne e Espírito, escravidão e liberdade, trouxe d evolta a ressurreição verdadeira aos que crêem, retirando o homem mais uma vez da situação de total escuridão espiritual para a clareza
trazida pelo Evangelho deJesus Cristo.

Era o Espírito de Deus soprando novamente, após mais de 12 séculos de trevas.

Os homens puderam examinar as sagradas escrituras em suas casas (em um processo de divulgação da Palavra e tradução para várias línguas que já havia se iniciado entre alguns homens de Deus munidos pelo mesmo espírito de Martinho Lutero), com suas famílias, e perceber que tudo lhes fora retirado em termos de conhecimento até então.

Aprenderam o caminho da salvação pela fé e não mais pelas obras. Compreenderam que poderiam ir até Deus sem precisar de intermediação do papado ou da igreja humana constituída. Deram novamente as mãos a Jesus, único Pastor de todas as almas, e o único caminho pelo qual se chega ao Pai.

Um novo tempo foi inaugurado, cujo real valor só a história pôde avaliar. Significa dizer que novamente as duas vertentes de pensamento estavam em evidência: a doutrina do mundo (espírito de sistema dominante) e a doutrina do Cristo.

Por doutrina do mundo compreendam-se as que escravizam os homens no espírito niilista (vida única), na importância pessoal (soberba), na busca dos próprios interesses (egoísmo), no amor próprio (orgulho), na idolatria de homens e Espíritos, na idéia de serem servos especiais escolhidos por Deus para servi-lo (vaidade), nas atitudes de aparências (hipocrisia), nos atos exteriores de devoção.

Esta doutrina está dentro dos templos religiosos de todos os tempos, dentro das sociedades,
das escolas, das leis civis, das famílias, dos meios de comunicação que são a boca escancarada
do sistema. Todas têm um tronco comum que é o judaísmo-paganismo, que por sua vez, é alimentado pela ignorância e inferioridades humanas.

Nasce no homem e a ele retorna.

A doutrina do Cristo é diametralmente oposta. Além de falar exatamente o contrário de todos esses princípios citados acima, nasce em Deus e a Ele retorna.

O movimento, conhecido como Reforma Protestante, fundou um novo tempo, um tempo de liberdade de pensamento, de conquistas individuais e coletivas, com consequências positivas para o progresso no campo social, político e econômico.

Foi detonado um movimento de liberdade de expressão do pensamento, que desencadeou reações as mais variadas possíveis. Sendo sujeito à interpretação humana, porém, foi também utilizado pelos homens para atingir interesses contrários ao Evangelho, mas mudou a história
do mundo, uma vez que quebrou definitivamente a hegemonia do pensamento escravizante do monasticismo e escolasticismo que dominava o mundo há mais de mil anos.

Historicamente, é consenso que nas sociedas protestantes houve um avanço inegável
em todas as áreas do conhecimento humano, tanto quando na organização das sociedades.

Evidente que o que se conhece hoje como movimento protestante longe está do espírito que o originou. O movimento espiritual foi sucumbido pelos interesses humanos novamente.

O germe do materialismo já estava posto e, mais tarde, o capitalismo insinuou-se como servo fiel desse espírito de atraso que destruiria as bases transformadoras do mundo mais uma vez.

Baseado em um estudo da internet

terça-feira, setembro 28, 2004

Do que são formadas as Igrejas - Parte II

Com a chegada de Jesus, com toda a força vinda de Deus, o pensamento cristão ganhou vida e encontrou na figura de Paulo de Tarso seu grande divulgador, tendo ele, depois do Senhor, feito o maior trabalho. Paulo traduziu para os homens toda a pureza e superioridade da doutrina de Cristo. Soprava nele o Santo Espírito.

O cristianismo passou então a atuar dentro de uma realidade em que antes já existiam o judaísmo e o paganismo. Com o trabalho de Paulo, várias igrejas foram edificadas e florescia entre os homens uma nova vida. Almas eram verdadeiramente ressuscitadas do mundo dos mortos (espiritualmente) para a vida verdadeira trazida por Jesus. A semente da igreja de Deus era finalmente plantada entre os povos, e o mundo jamais seria o mesmo.

Tão importante foi este fenômeno que dividiu o mundo em duas eras: antes e depois de Cristo.

Mas este trabalho não seria assim tão fácil. O espírito de sistema que dominava o mundo não deixaria o Bem prevalecer sem reagir.

E reagiu violentamente.

Logo nos primeiros tempos da era cristã, as igrejas primitivas nas quais o Espírito Santo soprava com facilidade, foram aos poucos se deixando contaminar pelo personalismo, pela importância pessoal, pelas práticas seculares da idolatria, da hipocrisia e do pouco esforço no entendimento da igualdade e fraternidade.

As cartas de Paulo já nos falam de todas essas distorções dentro das igrejas e do esforço que o apóstolo fazia para corrigir os rumos.

O judaísmo-paganismo, fortemente embutido na consciência dos religiosos, foi tomando nova forma dentro das igrejas cristãs, surgindo conceitos e explicações novas para velhas práticas e atitudes. As igrejas, em sua maioria, seriam judaizadas antes do final do primeiro século. Nos dias de hoje, podemos ver várias doutrinas diferentes espalhadas pelo mundo, todas professando uma verdade acerca dos caminhos de Deus. Cada opinião diferente foi influenciada de uma certa forma por este processo. Os santos homens dentro destas igrejas, todas originárias da semente inicial do cristianismo, se esforçaram no intuito de evitar esta contaminação.

E assim foi por três séculos, nos quais homens santos tentavam de toda forma não deixar morrer o espírito da pureza doutrinária do Cristo, plantado por Paulo.

De um lado, estavam os que compreendiam o Cristo e lutavam pelo estabelecimento da igreja de Deus. De outro, estavam os que permaneciam fiéis aos velhos princípios, aos antigos fundamentos, mesmo dizendo-se convertidos para a nova crença. De sorte que a luta mais importante travada em todos os tempos em termos de idéias não foi entre judeus e cristãos,
mas entre cristãos de diferentes ideologias, muitos dos quais estavam ainda presos, atavica-mente, às antigas crenças.

Ao final de quase quatro séculos, estava já bem estabelecido o arcabouço de pensamento religioso que dominaria o mundo nos próximos 1200 anos. Vencera, por fim, o pensamento secular dos antigos fundamentos. Surgia a instituição humana, legalmente constituída para legislar no nome de Deus na face da terra. A doutrina do Cristo fora sufocada mais uma vez.

E a era das Trevas teve início.



Texto adaptado de um estudo da internet

segunda-feira, setembro 27, 2004

Do que são formadas as Igrejas - Parte I

Do que são formadas as Igrejas - Parte I


Sabe-se que existem três tipos de pensamento formadores das igrejas no mundo. Os dois primeiros são muito antigos. O terceiro passou a existira dois mil anos atrás.

Desde o início o homem, ainda muito apegado a si mesmo, lutava na verdade pelo direito de liberdade, de posse e de subjugação ao outro. Ainda não havia no consciente a idéia da imortalidade e transcendência da alma, libertado corpo após a morte, portanto, tudo deveria e poderia ser feito para que as conquistas fossem concretizadas no plano humano.

Esse espírito niilista acompanhou o homem por muitos séculos até o advento da Lei de Deus, através de Moisés. Porém, embora este profeta tenha estruturado melhor o pensamento e colocado uma certa ordem na desordem social e religiosa daquele tempo, ainda era muito incipiente no homem o sentimento de espiritualidade. O niilismo continuou, alimentado pelo espírito de sistema que foi se fortalecendo aos poucos com a organização das sociedades, fundamentadas na posse, na propriedade privada e principalmente na idéia da supremacia de um ser sobre outro, de uma raça sobre outra, estruturando aos poucos o poder temporal como parte do poder divino na face do planeta.

Participantes deste sistema estavam o Judaísmo com suas leis, normas, ritos e idéia de eleição de uma raça e o Pagansimo que, embora não fosse uma religião constituída, exercia importante influência na massa pelos seus fortes apelos ao imediatismo, na relação com um Deus mais próximo, que atendia mais prontamenteaos seus anseios.

Politeísmo - paganismo

Campo de pensamento religioso que não tinha a pretensão de santificar o homem, mas de mostrar sua eterna inferioridade, tendo como maior alicerce a idolatria a deuses visíveis e invisíveis, humanos ou não. Não trabalhava a mudança interior, pois partia do princípio de que deuses eram criações divinas já nascidas dessa forma, portanto os homens jamais chegariam a essa condição.Os pagãos faziam seus sacrifícios e obrigações por temor às divindades, para não sofrerem as terríveis punições dadas aos que não obedeciam aos caprichos dos deuses.

Por outro lado, tinham seus desejos atendidos mais prontamente por eles, caso realizassem as promessas e dívidas assumidas. Viam como normal a relação do mundo visível com o invisível, utilizando com naturalidade o sobrenatural para atender suas necessidades, embora temessem as conseqüências dessa dependência.

Judaísmo

Campo de pensamento religioso escravizado pela idéia da excelência da descendência carnal.
Os homens eram santificados pelas práticas, ritos e cumprimento rigoroso das normas da lei.
Não trabalhava a mudança interior porque os judeus já se consideravam santos pela própria condição de descendência e marca exterior da circuncisão, consideradas provas de aliança inquestionável com Deus. Eram rigorosos com a conduta alheia, cobravam cada falha de seu semelhante e não analisavam as suas próprias por se considerarem sempre justos diante de Deus. Não tinham como irmãos os que não fossem da raça, considerando-os como párias, ímpios, pessoas que não mereciam o favor de nenhum deles. Embora divido por seitas, sua doutrina era quase uniforme, tendo apenas algumas variantes de pensamento, como a vida após a morte, ensinos dos profetas, ressurreição.

Eram escravizados a rituais e atos exteriores de devoção, como sacrifícios, promessas, jejuns, incensos, votos, acreditando que tais atitudes os tornavam puros diante de Deus.

Cristianismo

Campo de pensmento religioso que surgiu como uma nova ordem de princípios
transformadores da condição humana. Combatia a idolatria, a hipocrisia e a idéia
da existência de seres especiais escolhidos por Deus para seu reino. Juntava os homens pela fé, independente de sua condição social, de raça, nacionalidade, cor ou credo. Punha por terra os dogmas estabelecidos como verdades, como a circuncisão, os sacrifícios, promessas, votos e outros que faziam parte do arcabouço de idéias do judaísmo e paganismo. Combatia com veemência a dependência que os homens tinham dos templos, dos sacerdotes, dos rituais, dos deuses, dos Espíritos (magia, vidência, sor-tilégios, etc.).

Dizia que o homem podia ascender a Deus pela fé e pelo esforço do serviço ao próximo. Considerava todos como irmãos, filhos do mesmo Pai. Fazia um convite a todos os homens para que fossem batizados no mesmo Espírito. Tratava os homens por filhos de Deus, desde que o Espírito de Deus habitasse nele pela humildade e submissão. Ensinava o caminho da salvação pela fé, pela reflexãodos erros, mostrando ao homem a necessidade da comunhão com Deus, pelo batismo no Espírito Santo.

O novo Espírito, trazido por Jesus Cristo e divulgado por Paulo de Tarso, constitui-se em um amplo e forte protesto contra o que estava estabelecido entre os povos daquela época.


Com a vinda de Jesus, o Cristo, criou-se uma nova vertente de pensamento, contrária ao que estava sendo praticado por todos os povos. Mesmo entre os considerados pagãos, havia uma prática religiosa que, na essência, não diferia daquela praticada pelos judeus. O que os
separava na verdade era a convicção dos judeus de que eles eram diferentes por acreditarem
em um deus único. Os judeus, de fato, acreditavam em um único deus em termos
filosóficos, mas serviam a vários deuses em termos doutrinários e práticos.

Jesus, O Cristo, ensinou que existia um único pensamento filosófico-religioso surgido de um mesmo espírito, de um mesmo campo de idéias, que estava entre os homens desde o início de tudo,com a chegada do homem no planeta. Embora houvesse também o esforço dos mensageiros de Deus em trazer aos homens a Verdade, ela era sufocada pelo espírito dominante de sistema. Dentre esses servos de Deus estavam os profetas que surgiam dentro do próprio judaismo que, de tempos em tempos, alertavam sobre a doutrina de mentiras e enganos que envolvia o povo, arrastando-o para ocaminho da desobediência, idolatria e hipocrisia.

O pensamento do Cristo, que estava no mundo desde sua fundação, procurava espaço para florescer. Mas era um terreno inóspito por várias razões. Havia a própria condição de imaturidade espiritual do planeta pelo grande atraso das almas habitantes dele. Era necessário que o homem avançasse na sua trajetória de entendimento. Dentro deste esforço, já havia a lei promulgada por um dos grandes profetas enviados de Deus - Moisés. E tinha chegado o maior
de todos eles - Jesus, o Cristo -com toda a força do pensamento divino, trazendo o batismo
no Espírito Santo, despertando o homem para o entendimento da fé.

Pode-se assim compreender que, durante toda a existência humana, houveram essas duas forças de pensamento dentro do sistema, sendo sempre a mais forte aquela que encontrasse um maior número de almas sintonizadas e integradas nela. A primeira, estruturada pelos homens, é transitória, instável e influenciada pelo espírito de sistema (do mundo) e, por isso mesmo, justifica as imperfeições humanas. A segunda, estruturada por Deus, é eterna, imutável e alimentada pelo Espírito Santo; mortifica as imperfeições humanas, elevando a alma à condição de servo de Deus.
Continua