O que há de interessante neste dia

sexta-feira, junho 17, 2005

A MANEIRA DE SE VESTIR

Perguntaram-lhe, pois, os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos anciãos, mas comem o pão com as mãos por lavar? Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim; mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Marcos 7:5-6


Nesta passagem, vemos Jesus sendo interrogado acerca do comportamento de seus discípulos. Esta atitude
pode ser vista em certas pessoas dentro de igrejas, e até professos cristãos que se dizem seguidores de al-
guma denominação e recriminam os outros por alguma atitude ou ato cometido e com o qual se escandaliza-
ram. Jesus chamou os fariseus de hipócritas. O coração deles ardia em engano. Não faziam nada daquilo que
defendiam ou representavam. Eis a grande diferença entre muitas pessoas. O fazer e o falar.

Há professores que sabem com esmero a obre de como se realizar uma tarefa. Podem descrevê-la com
passos detalhados. Se você tiver uma aula de informática em sala de aula, seu professor com certeza
explicará muitas coisas. Na hora de chegar na frente do computador, algo dá errado. Algo não funciona. A
explicação precisa ser repetida para que você atente bem para um detalhe que esqueceu, uma vírgula, um
s, um ponto qualquer.

Assim é também com nossas vidas. Um médico pode ser muito bom em descrever tudo aquilo que faz,
mas não ter a destreza prática de realizar com esmero a cirurgia que descreve. Já outro médico pode muito
bem saber fazer o que é preciso, sem erros, sem saber como explicar. Nesse caso, temos pessoas com
qualidades diferentes. Mas um médico não deixa de ser médico por causa disso.

A diferença se faz notar na mesa de cirurgia. Você prefere ser operado por alguém que pode salvar a sua
vida por alguém que sabe falar ou por alguém que sabe fazer realmente a sua operação com sucesso??

Muitas questôes culturais cercam os crentes no mundo de hoje. Há pessoas que se escandalizam com
a falta de saias. Há pessoas que se escandalizam porque algumas trabalham em algum ministério usando
uma simples bermuda. Ora, o que há demais com a bermuda? Para a pessoa que atesta o fato, trata-se
simplesmente do fato de que ela respeita a casa de Deus. Se veste condizentemente, com roupas adequa-
das. Para ela, isto é uma questão de disciplina. De contato com Deus. Mas para a pessoa que veste a
bermuda, ela se preocupa mais com o trabalho que faz na obra de Deus. Com a sua atividade ali no
momento para Deus, e talvez nem considere que o modo como se veste pode ser considerados por outros
como um modo cristão ou não.

Uma pergunta: Marta, enquanto servia para Jesus, teve alguma vez mencionado o modo como se trajava?
Lembram-se da passagem em que ela pede a Jesus que peça a sua irmã Maria que a ajude? Ora, nem
sequer se cita o modo como ela está vestida. Mas somente que ela servia.

Então, para quem serve o mais importante pode ser o trabalho que faz. Talvez uma explicação ao irmão
de que o modo como se traja ofende a outros possa ser dada. Mas aí o próprio irmão pode ficar ofendido
por alguém reparar algo nele, não no trabalho que ele faz para Deus.

Vejam como as coisas podem ter pontos de vista diferentes para as pessoas. Assim sendo, não devemos recriminar uns aos outros nestes aspectos. Porque não é isto para o que Deus nos chamou. Deus nos chamou para estar em sua presença em harmonia, em amor, aspirando a doce fragância de sua graça e de Sua comunhão. A aparência deste mundo passa. Nosso coração diante de Deus sempre estará em relevo e estará em destaque. Ele nos ama e quer que estejamos unidos com Ele em espírito.

Ame o seu próximo. Seja com bermuda, sem bermuda. Nossas ações e atitudes valem bem mais que as regras, e as regras servem somente para nos dar disciplina, disciplina através da qual alcançamos mais comunhão com Deus.

Tenha a sua disciplina. Não obrigue outros a tê-la com você. Isso seria ditadura ou coisa pior! Somos pessoas diferentes e a disciplina que se aplica a um, pode não funcionar com outro. Você pode ser um braço na igreja, seu irmão uma perna. Ora, a perna executa um serviço. O braço outro serviço.

Estejamos em paz um com o outro, para que nosso trabalho sempe ocorra em harmonia.

Bom fim de semana!!!





quinta-feira, junho 16, 2005

FACILITADORES

Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma,
e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria,
mas todas as coisas lhes eram comuns. Atos 4:32

A igreja é formada por pessoas de muitos temperamentos diferentes.
Cada igreja, porém, precisa de jeitosos, aqueles que livram o caminho
de dificuldades e obstáculos.

Barnabé e Silas eram dois grandes facilitadores. Barnabé foi companheiro de Paulo desde o
início; ele aceitou Paulo quando os outros desconfiavam dele (Atos 9:26 e 27). Silas é des-
crito como um profeta que ajudou a fortalecer e encorajar os irmãos (Atos 15:32). Os dois
eram colegas de trabalho muito ativos, acompanhando Paulo em suas viagens missionárias.

Um facilitador demonstra habilidades como administrador e líder por meio de aprovação, dele-
gação, julgamento e treinamento. A maioria das pessoas reconhece Paulo como o grande a-
póstolo, mas tanto Barnabé como Silas também eram testemunhas dignas de Cristo. O cres-
cimento da própria igreja foi muito enriquecido como resultado de seu ministério. Os facilita-
dores devem ser altamente considerados e respeitados como líderes de encorajamento (Atos 4:36).

Muitas vezes, podemos não estar cientes dos fiéis obreiros por trás das cenas, atores que traba-
lham diligentemente e não buscam aplauso. Agradeça a Deus os obreiros invisíveis que estão dis-
postos a servir onde quer que sua capacidade seja necessária. Toda a igreja se beneficiaria de ter
mais pessoas jeitosas como os bons exemplos estudados aqui.

Compartilhe alguns testemunhos de como os facilitadores no ministério de sua igreja contribuem com
esforços bem-sucedidos na conquista de almas.

Estudos da Escola Sabatina
2001 - Abril - Junho


quarta-feira, junho 15, 2005

O MENINO ENDEMONINHADO

E logo toda a multidão, vendo a Jesus, ficou grandemente surpreendida; e correndo todos para ele, o saudavam. Perguntou ele aos escribas: Que é que discutis com eles? Respondeu-lhe um dentre a multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, convulsiona-o, de modo que ele espuma, range os dentes, e vai definhando; e eu pedi aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. Ao que Jesus lhes respondeu: Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos hei de suportar? Trazei-mo.

Então lho trouxeram; e quando ele viu a Jesus, o espírito imediatamente o convulsionou; e o endemoninhado,
caindo por terra, revolvia-se espumando.E perguntou Jesus ao pai dele: Há quanto tempo sucede-lhe isto? Respondeu ele: Desde a infância;e muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. Ao que lhe disse Jesus: Se podes! - tudo é possível ao que crê. Imediatamente o pai do menino, clamando, [com lágrimas] disse: Creio! Ajuda a minha incredulidade. Jesus, vendo que a multidão, correndo, se aglomerava, repreendeu o espírito imundo, dizendo: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e nunca mais entres nele. E ele, gritando, e agitando-o muito, saiu; e ficou o menino como morto, de modo que a maior parte dizia: Morreu. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu; e ele ficou em pé.
Marcos 9:15-27

Muitos acham que fé é convicção intelectual. Podem até achar que fé é crer em alguma
coisa, não importa quão irrazoável ou impossível possa parecer. Mas uma leitura cuidadosa
das Escrituras revela que fé não é aceitar alguma idéia ou conceito, mas confiar em Jesus.

Nossa fé deve estar nEle, não em alguma idéia. Em Marcos 9 um homem traz a Jesus seu
filho possesso pelo demônio. Ele já havia pedido aos discípulos para expulsarem o demônio,
mas eles não puderam (v. 18). O pai pede que se Jesus puder fazer qualquer coisa, que tenha
piedade do menino e de sua família e os ajude (v. 22). Jesus imediatamente percebe na frase
uma dúvida implícita - "Se podes?" - e responde que tudo é possível àquele que crê (v. 23). Isto
é, Jesus pode ajudar aqueles que confiam que Ele o fará. Ele é a fonte do poder curativo, e não
a capacidade do pai para crer.

Quando Jesus disse "Gente sem fé!" não o falava para o pai do menino. Mas para seus discípulos.
Para eles, que já haviam expulsado demônios antes, visto o poder de Deus se manifestar por Jesus,
aquilo se tornara comum. Essa história pode deixar as pessoas perplexas se não entenderem o
que a Bíblia inteira ensina sobre a oração e a fé. Quantos cristãos fiéis oraram pedindo cura (inclusive
o apóstolo Paulo (II Cor. 12), mas não foram curados?

Quando Deus não responde às nossas orações da maneira como queremos, às vezes pensamos que
a culpa é nossa porque não tivemos fé suficiente.

Quando Jesus disse "Tudo é possível ao que crê" (Mar. 9:23) Jesus quis dizer: "Todas as coisa estão
garantidas (prometidas) para aquele que crê." Jesus Cristo está dizendo que qualquer coisa é possível,
mas não está prometida.

A crença é importante, mas só a crença não garante que Deus responderá às nossas orações como
queremos. Nesta história sobre o menino endemoninhado, Jesus parece estar tratando com o assunto
mais amplo da fé.

Estudos da Escola Sabatina
2001 - Abril/Junho

terça-feira, junho 14, 2005

MOÍDO POR NÓS

Cristo nos resgatou da maldiçäo da lei, fazendo-se maldiçäo por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Gálatas 3:13

O justo se fez maldição em lugar dos infiéis. Aquele que não tinha pecado, Deus o escolheu para o fazer enfermar, para o moer, em, nosso lugar (Isaías 53).

Toda a nossa vida neste mundo, todo o nosso louvor, todo o nosso esforço não consegue nos abrir a menor fresta nos céus rumo ao Pai. Porque Deus, por Sua vontade desejou entregar Seu filho para que através Dele nós o pudéssemos alcançar (João 3:16).

Nisto, todos nós somos iguais. Diante de Deus, necessitados da presença de Seu filho para chegarmos aos seus pés. Esse caminho requer a humildade e o reconhecimento das pegadas e do caráter de Cristo em nossa vida.

O espírito de humildade afasta o orgulho, o grande pecado que fez Lúcifer ser afastado da presença de Deus. Lúcifer, que andava no brilho das pedras e liderava os anjos celestiais, encheu seu coração de orgulho e se rebelou contra Deus.

Lúcifer não teve o orgulho colocado dentro de si por outra pessoa.O orgulho nasceu no coração de Lúcifer, dentro dele próprio, motivado quem sabe pela cobiça de seus olhos. Lúcifer viu a glória de Deus e desejou-a para si.

Os servos de Deus podem sofrer do mesmo mal, se em seus corações o orgulho vier a se instalar. Seu coração pode ser destruído pelo orgulho. Uma pessoa pode ter o selo do Espírito Santo e ser possessa pelo espírito de orgulho. A maior prova deste fato é a história de Lúcifer. Ele vivia na presença de Deus, sem nada para atrapalhar sua comunhão com o Altíssimo, porque tudo era santo, puro e perfeito e, no entanto, ele caiu, permitindo que nascesse dentro de si um desejo maligno.

Vivemos em um mundo impuro, contaminado pelo pecado. Nos céus, Lúcifer desfrutava da santidade, mas mesmo assim caiu.

Devemos tirar um exemplo desta história. Onde quer que estejamos, devemos levar sempre a humildade estampada em nossas vidas, a fim de não cairmos no mesmo erro de Lúcifer. Devemos considerar o que Deus fez por nós, como sacrificou seu único Filho para que pudéssemos voltar à sua presença.

Pense nisto.

By

Manoel Leonardo

trechos sobre Lúcifer citados do livro O Senhor e o Servo

segunda-feira, junho 13, 2005

É MELHOR ESQUECER

Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo mau, perdoei-te
aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente,
compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci
de ti? E, indignando, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que
pagasse tudo o que devia. Mateus 18:32-34

Cada vez que deixamos de perdoar, cada vez que resistimos a oferecer a graça de Deus a alguém que nos feriu, criando uma barreira, nós também perdemos. Nós também somos destruídos por dentro, porque estamos entregues aos atormentadores. Nós nos colocamos debaixo da influência de atormentadores. Eu me deparo com isso vez após vez no meu aconselhamento. Recebo pessoas em meu consultório às vezes tremendo, com a raiva estampada no rosto, com ressentimento, alguma coisa que revela a pertubarção existente no seu interior. Geralmente, essas pessoas, por carência da graça de Deus, e por falta de serem perdoadas, ou por falta de capacidade de perdoar, estão, de alguma forma, entregues aos atormentadores.

(...)

Corrie e sua irmão foram aprisionadas em sua terra, a Holanda, durante a Segunda Guerra Mundial, por esconderem judeus em sua casa, e levadas para o sul da Alemanha, onde sofreram os horrores do campo de concentração, um lugar no qual milhares e milhares de mulheres morreram. Ali a sua irmâ morreu, mas Corrie foi libertada, tornando-se uma destacada serva do Senhor e grande pregadora.

Certa ocasião, ela estava pregando numa igreja na Europa. O local estava lotado para ouvir aquela santa mulher de Deus. Naquele domingo, Corrie pregou sobre perdão. Foi uma mensagem, poderosa. Após a pregação, ela desceu para cumprimentar as pessoas que queriam, pelo menos, tocar nela. De repente, apareceu um senhor idoso diante dela, e disse: "Senhora, estou perdoado ou não?"

Corrie olhou para aquele homem e reconheceu nele um dos guardas do campo de concetração, o qual havia feito coisas terríveis com as prisioneiras. Naquele dia, ele estava naquela igreja, e ouvira a mensagem. Deus tocou-lhe o coração, e ele desejou profundamente, não somente receber o perdão de Deus, mas também receber o perdão daquela senhora a quem ele tinha maltratado no passado.

Naquele momento, ela ficou como uma estátua. Não conseguia levantar a mão e cumprimentar aquele senhor. Ela, que acabara de pregar sobre perdão, agora não conseguia perdoar. Que fazer? Imediatamente, ela reconheceu o que estava acontecendo no seu coração e orou: "Senhor, não sou capaz de perdoar este homem que está diante de mim. O Senhor quer que eu o perdoe, mas o Senhor terá que me dar os recursos, o Senhor terá que me dar a disposição. Porque eu simplesmente não tenho nenhuma vontade, nenhum desejo de perdoar este irmão, este homem".

Ela disse que de repente seu ser foi inundado com uma harmonia, com uma paz, com um desejo de perdoar aquele senhor e até mesmo um amor tal, que ela estendeu a mão, apertou a mão dele e disse: "Em nome de Jesus, está perdoado". O homem olhou para ela e disse: "Corrie, você não imagina o que isto significa para mim, muito obrigado". E desapareceu da presença dela.

Se conseguimos perdoar até àqueles que nos fazem grande mal, conseguimos nos livrar dos atormentadores que Jesus menciona em Mateus 18.

Do livro É Melhor Esquecer, A importância do perdão na família, de Jamie Kemp